Era uma vez
um médico estranho e viciado que parecia não ligar para seus pacientes e
nem para o mundo de uma forma geral. Um médico protagonista de uma
série que conquistou sucesso rapidamente justamente por ser bem
diferente dos modelos médicos da época.
Fica a questão à ser respondida: em que momento isso mudou?
House,
apesar de tudo, ainda é minha série preferida de todas em todo o mundo
e isso graças a minha persistência, já que muitas (MUITAS) séries já
surgiram para tomar esse lugar, mais por um questão que vai além da
qualidade, não mudaram o quadro. Mas nem essa minha afeição com a série
não me impede de ver o óbvio.
O
que era brilhante passou a ser normal e o que era fácil e prazeroso
passou a ser um "trabalho" sofrível e cansativo enquanto a série se
perdia em situações repetitivas, tornando o seu elemento incomum,
comum!
Se podemos colocar dessa forma, a Era de Ouro de House
compreende as três primeiras temporadas, a início do fim começou na 4ª
temporada, apesar de que dois dos melhores episódios da série "House's Head" e "Wilson's Heart" estarem presente nessa temporada. A quinta temporada foi a menos pior se comparadas à sexta e a sétima, que mostram claramente que o gás da série está chegando o fim.
Mas
ainda já não sendo a mesma coisa, a 6ª temporada teve um excelente
começo, mostrando a reabilitação de House e levando a série para um novo
momento e realmente levou, apesar de não empolgar, um (não tão) novo Dr. House surgir, deixando o Vicodin definitivamente de lado em outro episódio que entra para o Hall dos Inesquecíveis, "Help Me".
Com o ínicio da 7ª temporada, finalmente começamos a ver o relacionamento de House e Cuddy
e tudo estava indo bem. Não estava excelente, mas também não estava
ruim. A regularidade caiu bem para série naquele momento. O negócio
pegou com a decisão da produção da série em retroceder algo que estava
funcionando.
Chegou
um momento do relacionamento entre House e Cuddy em que ele tinha que
dar um passo firme e crescer, assumir a responsabilidade de uma relação
adulta e o grande erro foi não ter arriscado fazer essa mudança de
conduta dele. Feito isso, voltamos ao gato e rato que foi divertido no
começo, mais não naquele momento. Não sei você, mais eu como fã da
série, sentia que havia uma expectativa para que essas mudanças
acontecessem.
A atual temporada teve episódios interessantes, como "Family Practice" e o melhor da temporada "The Dig" com a volta de Thirteen. Contudo, outros como “BombShell”,
com o desnecessário musical só confirmaram o que já estava bem claro.
Nem as tentativas incorporar novos elementos estava funcionando
efetivamente, porque o que deveria acontecer não aconteceu.
Hoje a série foi renovada oficial para 8ª temporada
e o boato é de que seja a última. Em outras circunstâncias eu ficaria
muito triste com os rumores, mas agora eu penso que talvez seja o
melhor. É necessário saber reconhecer quando algo chegou ao fim ao invés
de ficar empurrando com a barriga algo que já não tem o mesmo brilho
de antes. Dizer isso é algo complicado, mas às vezes precisamos
escolher entre um fim com alguma dignidade do que um cancelamento as
pressas, coisa que House, repito, pelo que foi, não merece.
Como
disse no Twitter, espero que levem o conceito de renovação no sentido
total da palavra e se realmente for a temporada final, que ela pelo
menos lembre-se dos seus primeiros anos!
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